Antônio de Souza Nascimento, acusado de ter matado e escondido o corpo da jovem Jaqueline Santana da Silva, de 24 anos, foi detido nesta terça-feira (3) e confessou que matou a companheira estrangulada com o cinto de segurança do carro dele. Eles tinham poucos meses de casado, e Jaqueline desapareceu no dia 11 de agosto. O corpo dela foi achado quase 20 dias depois. O casal morava em Parauapebas, sudeste paraense.
Corpo de jovem que estava sumida há 20 dias é achado em balneário no Pará
Antônio foi preso na manhã desta terça-feira no acampamento Frei Henri Burin des Roziersem, na rodovia PA-275. Ele estava com prisão temporária decretada pela Justiça, após desaparecer da cidade de Parauapebas desde o dia 14 de agosto.
Segundo o delegado Gabriel Henrique, Antônio, primeiramente confessou o crime, mas depois, orientado pelo advogado, não quis assinar a confissão.
No dia 20 de agosto, o carro de Antônio foi encontrado abandonado no Bairro São Lucas, na área da VS 10, em Parauapebas. O veículo foi recolhido e, em análise superficial, não foram encontradas manchas de sangue, mas foi solicitada análise ao Centro de Perícias “Renato Chaves”.
Detalhes do crime
Na última quinta-feira, dia 29 de agosto, o corpo de Jaqueline foi localizado, 19 dias após ela ter desaparecido. A jovem havia sido vista pela última vez quando foi deixada pela mãe dela, Carmem Santana da Silva da Silva, no dia 11 de agosto, na casa de Antônio.
Em seu depoimento à delegada Yanna Azevedo, Antônio deu detalhes do dia do crime: o acusado contou que, após Jaqueline chegar à casa dele, os dois brigaram muito. Depois, já na madrugada de segunda-feira (12), seguiram no carro dele para a cidade de Canaã dos Carajás, onde iriam receber um dinheiro referente ao tráfico de drogas.
No meio do trajeto, os dois teriam voltado a brigar e ele teria acertado um soco no rosto da mulher e depois a estrangulado com o cinto de segurança. O homem então parou o carro e arrastou o corpo dela até um matagal, na localidade conhecida como “Água Boa”, onde o abandonou.
O delegado Gabriel Henrique observa que, nas investigações realizadas, as testemunhas do caso confirmaram que o casal brigava muito e, no dia do desaparecimento de Jaqueline, ouviram discussão e gritos de pedido de socorro dela.
Além de já ter sido indiciado por feminicídio, a delegada Yanna Azevedo também vai indiciar Antônio por ocultação de cadáver. Sobre a informação de que haveria marca de perfuração no corpo de Jaqueline, o delegado Gabriel Henrique ressalta que estão aguardando o resultado final do exame de necropsia, para saber com exatidão como a vítima foi morta.
Briga motivada por ciúmes
Segundo o delegado Gabriel Henrique, Jaqueline foi presa, em 2016, pelo crime de tráfico de drogas em Parauapebas. Ainda de acordo com o depoimento de Antônio, a briga entre os dois, que resultou na morte de Jaqueline, foi motivada por ciúmes.
“A versão dele, que os dois saíram depois da briga, ainda é confusa. Mas isso será comprovado ou não no decorrer do processo”, enfatiza Gabriel.
Fonte: DOL