O médico socorrista responsável pelo atendimento de João Pedro Mattos, de 14 anos, morto após operação das polícias Civil e Federal no dia 18 deste mês, é ouvido na Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, na manhã desta segunda-feira (25)
Segundo o delegado Allan Duarte, titular da delegacia, o objetivo é entender como ocorreu o atendimento e se havia condições de levá-lo para um hospital próximo.
Após ter sido baleado durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, João Pedro foi levado em um helicóptero da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil até o heliporto da Lagoa, na Zona Sul do Rio.
“Precisamos saber se João Pedro chegou com vida e morreu lá, se ele tinha condições de ser levado para o hospital Miguel Couto, qual foi a causa mortis”, explicou Allan Duarte.
As armas de três policiais civis apreendidas na última semana serão periciadas ainda esta semana, segundo do delegado.
“Já foi apreendida a arma dos policiais. Já foi arrecadado o projétil no corpo do menino. Já tem um laudo indicando que foi de calibre 5,56”, enumerou.
De acordo com Duarte, não é possível determinar de que arma partiu o tiro que matou João Pedro antes do resultado do exame de confronto balístico.
Depoimentos
Até agora, os depoimentos foram dos policiais que estiveram no local, os que levaram João Pedro no helicóptero e outras duas testemunhas.
Segundo a Polícia Civil, uma menina que estava na casa quando João Pedro foi atingido e um pedreiro que trabalhava em uma casa próxima viram a movimentação de criminosos pulando o muro da casa em que o adolescente foi baleado.
Os familiares de João Pedro e outras pessoas que estavam na casa ainda não foram ouvidas.
O delegado Allan Duarte afirma que o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público e a Defensoria Pública poderão participar das diligências do caso, inclusive a reprodução simulada, ainda sem data definida.
“A polícia está disposta a fazer uma investigação em conjunto. Um delegado entrou em contato com essas duas instituições abrindo a investigação”, disse o delegado.
Fonte: Por Henrique Coelho, G1 Rio