O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Blairo Maggi, vistoriou a unidade da Seara na cidade da Lapa, Região Metropolitana de Curitiba, nesta terça-feira (21). O local, que produz frango e exporta para a China, foi alvo de mandado de busca e apreensão da Operação Carne Fraca.
“Estamos no comando e no controle desta situação e não há risco nenhum para ninguém”, disse o ministro.
Na sexta-feira (17), a Polícia Federal revelou um esquema de fraude na produção e comercialização do produto. Além de corrupção envolvendo fiscais do Ministério da Agricultura e produtores de carnes, a investigação apontou adulteração de produtos e venda de carne vencida e estragada. Das 21 fábricas investigadas, 18 ficam no Paraná.
Há ainda a suspeita de que partidos políticos tenham sido beneficiados com o pagamento de propina. Considerada a maior operação da PF, quando se fala em números, a Carne Fraca obteve 309 mandados, sendo 37 de prisão. Nesta terça-feira (21), vence o prazo das prisões temporárias de 11 investigados.
O secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Luiz Eduardo Rangel, afirmou que o que está em xeque é a credibilidade do processo de certificação, e isso preocupa o governo. Segundo ele, a China quer saber sobre a garantia da carne enviada. Por isso, segundo o secretário, o ministério irá enviar documentos neste sentido.
“Estamos no comando”
Em entrevista coletiva, logo após a vistoria, o ministro lamentou o ocorrido e disse que quer dar transparência ao processo. Maggi afirmou que o ministério está no controle. “Estamos no comando e no controle desta situação e não há risco nenhum para ninguém”.
O ministro afirmou que o país tem 4.837 plantas (unidades produtoras) no Brasil. Destas, 21 estão sob suspeita e seis estavam exportando. Maggi afirmou que o país não vai exportar produto das unidades investigadas.