Neste sábado (11), véspera de comemoração ao Dia das Mães, centenas de mulheres saíram às ruas de Parauapebas em uma caminhada contra o feminicídio. O manifesto teve início na Praça da Cidadania do Bairro Rio Verde até a Praça de Eventos do Cidade Nova.
Casos como o de Ana Karina, Loren Lima e Dayse, são exemplos de casos de crimes desta natureza, que ganharam grande repercussão em toda a mídia local e regional e que também geraram grande comoção social.
A caminhada foi organizada pelo grupo Mulheres Girassol, em entrevista com a presidente do Instituto, Enildes Melo, disse que o evento é uma conscientização para alertar não só as mulheres, mas toda a comunidade para que casos de violência deste tipo não caiam no esquecimento, instigando a justiça a fazer com que os culpados possam pagar pelos crimes. “Esta é uma forma de contribuir com a sociedade para fazer com que população não esqueça de cobrar das autoridades a elucidação de casos tão bárbaros”, disse.
Recentemente o caso de Deyse Dayana, vítima de um possível feminicídio e depois jogada de uma janela de cerca de 04 metros de altura pelo companheiro, para simular um possível suicídio ganhou repercussão destaque na imprensa local. Em entrevista a mãe da vítima, Wilma Lemos, agradeceu o apoio que tem recebido da população de Parauapebas e Marabá. Ela destacou a importância da denúncia e pontuou que o medo e o silêncio, muitas vezes, são os maiores inimigos de uma mulher agredida. “Mulheres não se calem. O silêncio mata toda e qualquer tipo de agressão, por mínima que seja precisa ser externado e tem que ser denunciado”, disse Wilma.
Enildes Melo, foi uma das organizadoras da caminhada.
Wilma Lemos, mãe de Deyse Dayana, vítima de um possível feminicídio.