O mês de dezembro traz consigo o anseio de celebrar as festas de fim de ano com os amigos e a família. Muitas dessas comemorações envolvem fogos de artifício e, por vezes, esses artefatos acabam sendo manuseados sem a orientação e os cuidados adequados. E é exatamente por esse motivo que, ano após ano, observa-se um um alto índice de atendimentos por queimaduras em todo o país neste período.
Estima-se que o Brasil registre, todos os anos, cerca de 1 milhão de acidentes com queimaduras. Desses, 100 mil vítimas procuram assistência hospitalar e cerca de 2,5 mil acabam falecendo, direta ou indiretamente, em decorrência das lesões.
A maioria dos acidentes ocorre por manuseio inadequado de fogos de artifício.
Quando se trata de fogos de artifício, o especialista enfatiza a importância da leitura das instruções. “É crucial seguir as recomendações do fabricante e, em hipótese nenhuma, acender fogos fora do prazo de validade”, destaca o Enfermeiro Rangel.
Em caso de queimaduras, sua orientação é lavar o ferimento com água corrente, evitar cobrir a área afetada, não aplicar nada além de água e procurar assistência médica para casos mais sérios. “A aplicação de produtos caseiros, como pasta de dente, ervas e similares não é recomendada, pois pode agravar a queimadura e, ainda, prejudicar a avaliação do profissional de saúde”, ressalta.
Para o tratamento de queimaduras de segundo grau, aquelas que desprendem a pele ou causam bolhas, Rangel recomenda o uso de um curativo à base de celulose que atua isolando as terminações nervosas e minimizando a dor.
Ele lembra ainda que, durante as festas, no caso de grandes queimaduras, que acometem grande parte do corpo, é importante chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ou o Corpo de Bombeiros, nos telefones 192 e 193, respectivamente.