A NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram nesta quinta-feira (16) as fotos mais próximas do Sol já feitas. Elas foram capturadas pela sonda Solar Orbiter, lançada em fevereiro, com o objetivo de estudar os polos do astro mais de perto.
Registradas no dia 30 de maio, quando a missão chegou a 77 milhões de quilômetros de distância da superfície solar (metade do percurso entre a estrela e a Terra), as imagens de altíssima resolução mostram fenômenos nunca observados com tantos detalhes. Entre eles, um dos destaques são as erupções, chamadas pelos cientistas de “fogueiras”.
Estas fogueiras pontilhando a superfície solar ainda não têm origem conhecida, mas os pesquisadores acreditam que elas sejam mini-explosões ocorridas em toda a estrela, ajudando a aquecer a atmosfera externa do Sol (corona). “As fogueiras que estamos falando aqui são como pequenos sobrinhos das erupções solares, pelo menos um milhão, talvez bilhões de vezes menores”, comentou o astrofísico do Observatório Real da Bélgica David Berghmans.
Para ter certeza da influência delas no aquecimento da corona e quantificar o seu papel no processo, os operadores da missão aguardam a medição mais precisa da temperatura destas fogueiras, realizada por um dos instrumentos da sonda. Os dados estarão disponíveis em breve.
Imagens futuras devem ser ainda mais detalhadas
As imagens do Sol que acabam de ser reveladas são apenas uma amostra do que pode fazer o Solar Orbiter. Segundo a ESA, os instrumentos da sonda ainda não estão totalmente configurados, precisando de alguns ajustes.
Outro detalhe é que a nave fará novas aproximações do Sol, ficando ainda mais perto da superfície do que agora. Em 2021, está prevista uma manobra que a colocará a 42 milhões de quilômetros de distância do astro, podendo registrar fotos com muito mais detalhes.
É possível ver as incríveis fotos do Sol feitas pela missão no site da ESA.
Fonte: https://www.tecmundo.com.br