
Eis que já dizia Paul Bear Bryant, técnico de futebol americano: “Não é a vontade de vencer que importa – todo mundo tem isso. O que importa é a vontade de se preparar para vencer”
Tão poucas palavras que descrevem o exato momento vivido por alguns clubes paraenses, em se tratando do futebol de raça dentro de campo, das surpresas que só o futebol proporciona às grandes descobertas dos times “do interior” e “não inferior” aos conhecidos como gigantes do norte.
Futebol Paraense, primeiro turno, final de campeonato, Independente e Parauapebas (aos torcedores de Remo e Paysandu que me perdoem, mas foi uma final digna de ME-RE-CI-MEN-TO).
Aos demais times, beijos e até logo nos vemos no returno… Que nessa altura do campeonato não vai ter Parauapebas na final…. Não que eu tenha uma bola de cristal, apenas faço jus a frase de Paul Bear … “Se preparar para vencer” é a grande questão.
Se não bastasse a Taça Cidade de Belém, tão decadente quanto a FPF (Federação Paraense de Futebol) que só pensa na renda dos jogos, um provável RE x PA, jogo de “torcida única”, é não levar em conta o bem estar da torcida do interior. A quem dirá da Diretoria do Parauapebas, que cá entre nós, tem que comer muito açaí com farinha.
Desde a fase de acesso, até o returno o “trem de ferro” sofreu muitas drásticas mudanças em seu elenco, nova diretoria, mudanças na comissão técnica, perda de grandes jogadores… Além salários atrasados e outras coisitas mais… Resultando na queda de rendimento do time da capital do minério.
Uma equipe para manter o mesmo nível de jogo durante o campeonato, precisa de um elenco completo, porém o “trem de ferro” tem apenas 16 jogadores sendo 4 da base, disponibilizados pela diretoria a uso do técnico Léo Goiano para todo o campeonato. Vale lembrar que na partida contra o Gavião Kyikatejê, em Marabá, o time ficou sem reserva já que entre contusões e suspensão por cartões amarelos não tinha mais jogadores disponíveis.
“Por mais que os atletas se entreguem e trabalhem bem, não tem como manter o mesmo rendimento, por você ter peças de reposição que não têm a mesma maturidade, a mesma experiência da aqueles que vinham atuando e isso foi o fator determinante para que a gente não conseguisse manter o mesmo nível de atuação no segundo turno”, explicou o técnico Léo Goiana quando questionado sobre o rendimento do time, e completou relatando “isso foi colocado à diretoria, se eles quisessem, almejassem e tivessem ambição de conquistar algo maior no segundo turno, tinham que agir, afinal sabíamos que os adversário se fortaleceriam e na verdade nós fizemos foi enfraquecer. Que isso sirva de lição para os próximos diretores, que eles intendam esse aspecto e possam montar um grande elenco, com boas peças de reposição, para que não possamos ficar sofrendo com um elenco reduzido como esse”, desabafou.
Paysandu e Parauapebas se enfrentam hoje às 20h30 na Curuzu, em Belém do Pará
Mas a quem diga que o que marca um campeão é a sorte.
Por: Williane Souza