Os casos de internação por síndromes gripais triplicaram no Pará entre dezembro de 2023 e janeiro deste ano. Como nem todos os pacientes são testados, os casos são considerados suspeitos de Covid-19.
Os registros saltaram de 43 para 133 internações de pessoas com quadro de Síndrome Respiratória Aguda Grave, de acordo com dados da SIVEP GRIPE (Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe), obtidos pelo g1 por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).
De acordo com especialistas, o aumento ocorre porque houve relaxamento nos cuidados com a imunização.
Os pacientes internados, em geral, são idosos e neuropatas, que são pessoas com comorbidades, que estão sem reforços vacinais recentes.
“São pessoas que fizeram as três doses, mas não seguiram se imunizando. Então a última vacina data de 8 meses, um ano atrás, o que deixa o organismo mais vulnerável à gravidade do Covid-19”, explica Helena Brígido, infectologista.
A médica destaca que outro aspecto a ser considerado é o afrouxamento de medidas de prevenção, como o uso de álcool em gel e máscara em locais mais propícios à contaminação, como clínicas médicas e hospitais.
“As pessoas também não estão fazendo uso de máscaras como orientações de 2020-2022 o que facilita a entrada do vírus nas vias aéreas do paciente”.
Como se proteger
As orientações para prevenir a doença estão relacionadas a medidas como:
ida em postos de saúde para vacinação completar;
uso de máscaras quando houver quadro gripal e ter cuidados redobrados com idosos na residência (manter distanciamento na medida do possível);
procurar atendimento médico em caso de febre, tosse, obstrução nasal, coriza;
usar máscaras em serviço de saúde mesmo sem quadro respiratório, pois é um ambiente com grandes possibilidades de presença de vírus da Covid-19 diante de muitos atendimentos.
(G1)