A Secretaria de Estado de Saúde (Sespa) ligou o alerta para duas doenças já consideradas erradicadas, sarampo e poliomielite, mas que voltaram a preocupar os profissionais da área. Em junho, existiam cinco casos suspeitos de sarampo no Estado e até agora, dois foram descartados em Novo Progresso e os outros três estão em análise pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), vindos de em Juruti (2) e Terra Santa (1).
Em Terra Santa, a suspeita é sobre um jovem de 18 anos que mora em Manaus e voltou para a casa da mãe, no município paraense. Ele apresentou febre, manchas avermelhadas na pele, tosse, coriza, conjuntivite e dor nas articulações, e não tem história de viagem para outro município ou estado, tampouco de contato com caso suspeito ou confirmado da doença. Já em Juruti, suspeita-se de uma criança de nove meses e de seu pai, de 20 anos, que também apresentaram sintomas da doença, com a presença de gânglios.
Com isso, a Sespa, por meio dos departamentos de vigilância e imunização, intensificou as ações de vacinação no Pará, sobretudo na região Oeste do Estado. Foram enviadas para Santarém dez mil doses de vacina contra o sarampo, para atender o 9° Centro Regional de Saúde, que abrange os municípios de Alenquer, Almerim, Aveiro, Belterra, Curuá, Faro, Itaituba, Juruti, Jacareacanga, Monte Alegre, Novo Progresso, Óbidos Oriximiná, Prainha, Placas, Rurópolis, Terra Santa e Trairão.
De acordo com Jaíra Ataíde, coordenadora estadual do Programa de Imunizações, a medida é necessária para imunizar as pessoas que ainda não receberam as doses vacina e, principalmente, as crianças até 1 ano de idade. Os últimos casos de sarampo no Pará foram registrado em 2010, em três pessoas – todos importados, segundo a Sespa.
Prevenção
Vacinação
– Uma campanha será feita de 6 a 31 de agosto, para crianças de um a quatro de anos de idade, independentemente de já terem ou não sido vacinadas contra essas doenças.
– Atualmente, a vacina contra o sarampo está disponível todo tempo e de graça nas Unidades Básicas de Saúde.
– A primeira dose é a tríplice viral, aos 12 meses de idade, e a segunda dose aos 15 meses.
(Reportagem de Dominik Giusti/Diário do Pará)