Para coibir os maus tratos contra cavalos e éguas durante percurso da cavalgada FAP 2023, a Organização Não Governamental Anjos de Patas em parceria com a Comissão dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Parauapebas, sudeste do Pará, se reuniram com representantes da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) e Adepará do município, Polícia Militar, Guarda Municipal e Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) para buscar medidas de proteção e cuidados aos animais utilizados pelos adeptos a festa no município.
A cavalgada já se tornou tradição no município, o evento dá início a realização da feira do agronegócio na cidade e a preocupação das entidades é quanto o crime de maus-tratos praticados durante a programação, o que acaba acometendo éguas e cavalos, que muitas das vezes não estão preparados para realizar o percurso e acabam morrendo à míngua no meio do caminho.
Conforme a presidente da entidade de proteção aos animais do município, Anjos de Patas, os maus tratos aos animais é uma cena recorrente todos os anos, muitos morrem devido à falta de concretização dos brincantes. Segundo Rosineide Rodrigues, antes de submeter o animal ao percurso é preciso prepará-los para tal jornada que é desgastante demais para o cavalo.
Rosineide Rodrigues – presidente Anjos de Patas
“ No ano passado tivemos algumas situações de animais que iam para a cavalgada e a gente impediu que eles fossem porque era situação de maus-tratos, e esse ano a gente quer ampliar o número de voluntários para poder inibir a prática criminosa durante a cavalgada.“ Frisou a presidente da Anjos de Patas.A presidente da Comissão dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Parauapebas, Daniela Andrade, destacou que a reuniu acontece para se buscar um plano de ação que possa evitar casos de maus tratos na cavalgada e cada órgão dentro de sua competência contribuiu para que o crime aconteça.
Daniela Andrade – Comissão dos Direitos dos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Parauapebas
“ A gente tem esse plano de ação já de início de inibir esses maus-tratos para que a festa ocorra de maneira mais tranquila tanto para os animais como para as pessoas que participam da festa que já é algo cultural da cidade.” Destacou Daniela Andrade.
Os casos identificados como maus tratos, os proprietários são orientados a recolher os animais do evento. Além disso, são observados pelos agentes fiscalizadores o estado de saúde de cavalos e éguas, e quanto ao uso de equipamentos para conduzir os animais. Para garantir a segurança do público presente e de todos envolvidos no plano de ação na defesa e proteção dos animais, a polícia militar e guarda municipal participaram da reunião que aconteceu na sede da OAB-subseção Parauapebas. O aspirante Miranda, da polícia militar, destacou que é inadmissível que os brincantes violem os direitos dos animais, por isso a equipe do 23º BPM se fará presente para coibir a prática na cavalgada deste ano.
“ A polícia militar irá se fazer presente como todos os anos visando manter o bem-estar dos animais e também das pessoas que participam da festa e evitar que os maus tratos aconteçam, pois não é algo tolerável.” Pontuou o aspirante Miranda.
Aspirante Miranda – Policia Militar
Segundo Graziela Ribeiro, Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais do município (Siproduz), a cavalgada é realizada com a participação das comitivas da cidade e vindas de outros lugares para participar, mas existem regras e normas e uma delas é a questão do cuidado com os cavalos, ela destacou ainda que o sindicato não compactua com nenhum tipo de violência praticadas contra os animais participantes da cavalgada.
“ A gente está fazendo toda essa organização do evento para não haver nenhum tipo de maus tratos contra os animais. Vai ter a fiscalização em todo percurso e caso seja detectado essas pessoas serão retiradas do evento.” Frisou Graziela Ribeiro.
Graziela Ribeiro – presidente Siproduz
Por: Hilda Barros