Parauapebas: Governador do Pará participa do Congresso de Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás

Nesta quarta-feira, 8, Parauapebas, no sudeste do Pará, sediou as programações do Congresso de Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás (CGBio), o evento acontece até sexta-feira (10) e tem por objetivo discutir a sustentabilidade com foco na conservação da Amazônia, garantindo a preservação da floresta por meio de medidas de preservação da fauna e flora.

O evento é uma realização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em parceria com a prefeitura de Parauapebas e reúne instituições que atuam direto e indiretamente na conservação e preservação da biodiversidade do meio em que se vive. A programação conta com rodadas de conversas sobre temas importantes com foco em conhecimento, natureza e cultura.

O congresso promove o encontro de diversos atores e instituições para pensar em estratégias para a sustentabilidade do território. Além da presença de expositores, o CGBio reúne povos e comunidades tradicionais, representantes do governo, estudantes, ambientalistas e agricultores para pensar em estratégias coletivas para a conservação da sociobiodiversidade de Carajás e da Amazônia.

O evento é uma preparação para a Cop-30, a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP 30) será realizada em Belém em 2025. Por esse motivo, o Governo do Estado, se fez presente no congresso, em sua fala Helder Barbalho destacou a importância do debate que traz a preocupação da preservação e manutenção de uma floresta em pé, o governo do Pará destacou ainda que o município de estar preparado para a Cop-30, que o CGBio é a prova do bom trabalho que vem sendo realizado na conservação da Amazônia.

“ Essa é uma oportunidade de conversar sobre soluções ambientais sustentáveis que passem pela produção, por economia verde, que passem por respeitar e valorizar os saberes da floresta, os povos indígenas, os povos tradicionais e claro, cada vez mais estimular com que a sociedade de Parauapebas, do Pará, do Brasil e do mundo possam construir soluções que conciliam os desafios de cuidar das pessoas e preservar o meio ambiente compreendendo de que são relações necessárias e não conflituosas e deixem dessa forma fazer com que efetivamente nós possamos dar a solução necessária que esperamos para o uso da floresta amazônica.” Frisou Helder Barbalho.

Helder Barbalho (MDB) – Governador do Pará 

O prefeito, Darci Lermen destacou durante o encontro, que Parauapebas fez trabalhando para impulsionar a economia por meio de medidas sustentáveis, desafios que vêm sendo vencidos a cada dia. Ele pontuou ainda em sua fala, que o município tem se destacado em potencial turístico na preservação e conservação da floresta de Carajás.

Darci Lermen – Prefeito de Parauapebas 

“ Para quem não conhece a floresta de carajás o que já tem de alternativas maravilhosas, nós já formamos alguns guias, foi criado uma cooperativa de turismo, criada justamente para começar fomentar isso, aqui temos trilhas maravilhosas, além disso, temos o Bioparque Carajás e precisamos cada vez mais discutir outras alternativas para a reutilização da floresta.” Destacou.

Durante a rodada de conversa e interação com o público presente foi aberto aos participantes perguntas aos palestrantes, alguns usaram suas falas para sugerir a discussão de políticas públicas para uma cidade mais sustentável.

Cleber Namazzane da Cooperativa de Agricultores Familiares de Extrativismo (Coopex) aproveitou a oportunidade para destacar sobre o extravio de madeiras oriundas de supressão na área da Vale. Ele fez um apelo ao município e ao governo do estado para que o produto seja destinado para uso conforme prevê a lei.

Cleber Namazzane da Cooperativa de Agricultores Familiares de Extrativismo (Coopex)

“ É um desperdício, o que a legislação diz que a madeira de supressão ela não pode ser vendida, e sim doada para entidades e para a sociedade. A madeira está lá apodrecendo, fizeram uma experiência que não deu certo, mas foi por falta de alguns critérios e regras, fiscalização, acompanhamento, então isso não justifica para que a madeira esteja lá apodrecendo, é milhões e milhões de madeira boa, madeira nobre, madeira de qualidade que ela precisa ser aproveitada.” Relatou.

Vitor Garcia Neto, coordenador de uso público do Instituto Chico Mendes (ICMBio), destacou o trabalho realizado hoje pela instituição e o papel importante que Instituto para uma floresta mais conservada e preservada e que o congresso é uma experiência única que garante a troca de saberes de conhecimento e mostrando de forma o ICMBio consegue contribuir para um futuro mais sustentável.

Vitor Garcia Neto, coordenador de uso público do Instituto Chico Mendes (ICMBio)

“ A gente passa muitos anos trabalhando em cima da pesquisa, tentando identificar quais os maiores valores que a Amazônia e a floresta nos apresentam para a gente construir, a gente chama de patrimônio científico e trazer como resposta para a sociedade o uso sustentável dos produtos que são colhidos dentro da floresta. Esse evento traz essa troca de saberes, essa troca de conhecimento mostrando de que forma a gente consegue contribuir para um futuro melhor, para uma sociedade melhor, onde a gente possa ter a garantia que nosso planeta vai continuar vivendo, respirando bem.” Pontuou Vitor Garcia Neto.

Por: Hilda Barros