Uma operação policial nacional foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 14, que investigava um esquema criminoso envolvendo a compra ilegal de CNHs, sem que o indivíduo passasse por nenhum tipo exame ou avaliação. Unindo as forças das polícias civis de Minas Gerais, Goiás e Pará, a operação foi um sucesso e resultou na prisão de nove chefes do crime.
No Pará, o chefe responsável pela venda das carteiras de motorista se chama Arnaldo Alves da Silva, que foi preso na tarde desta quinta-feira, graças ao trabalho da Polícia Civil de Parauapebas, em ação conjunta com o delegado Wilson Peres, da Coordenação de Repressão aos Crimes Contra o Consumidor, a Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). Em Parauapebas a operação foi coordenada pela Delegada Yanna Azevedo.
Arnaldo Alves da Silva já vinha sendo investigado pela polícia de Parauapebas desde 2010, mas o criminoso conseguiu fugir e permanecer foragido por anos. Ele era morador do bairro Cidade Jardim, Lote 34 rua A16, Parauapebas. Dentro da residência do acusado, os investigadores encontraram diversos materiais, como habilitações e provas em branco carimbadas por examinadores.
Segundo o investigador de Parauapebas Oderico Almeida, popularmente conhecido como Rambo, o esquema criminoso envolveu muitas instituições, tanto públicas como privadas. “Clínicas credenciadas, autoescolas, Detran, várias instituições estavam envolvidas no esquema. O comprador pagava o valor estipulado e em menos de 15 dias recebia a documentação via Correios. A habilitação não era falsa, o documento tinha todo o parecer legítimo, mas realizado de forma ilegal”, esclarece o policial.
A operação foi deflagrada às 6h e até às 12h todos os envolvidos já estavam presos. Dos 10 envolvidos apenas um, continua foragido. De acordo com o investigador Odorico Almeida, a operação ainda continua, já que as pessoas que compraram essas CNHs precisam ser chamadas e levadas à justiça.
De acordo com o investigador Odorico Almeida, a operação ainda continua, já que as pessoas que compraram as CNHs precisam ser encontradas e levadas à justiça.
Reportagem: Bruno Menezes