Marcilene Barbosa é do tipo que põe a mão na massa e gosta de conferir os resultados. Moradora neste município há 30 anos, há paraense de Belém veio com os pais para Parauapebas e chegou quando só existia uma rua, a Rua Curió, hoje Rua do Comércio.
Ela conta que enfrentou as dificuldades que se apresentavam pela ausência de tudo: escola, saúde, energia elétrica e diversidade comercial. Mas vê nisto o privilégio de ter visto tudo surgindo e participado dos acontecimentos; menos dos políticos, pois admite que não participava da política. “Mas foi exatamente a necessidade que me levou a querer conhecer aquela coisa encantadora da qual percebia que as pessoas não saiam mais uma vez que entravam”, conta Marcilene, identificando como “coisa encantadora” a política que ela passou a se interessar na tentativa de melhorar a qualidade de vida na cidade em favor de seus filhos e de tantas pessoas que não encontra aqui a possibilidade de fazer cursos superiores sendo obrigados a deixar o seio da família para estudar em outros municípios.
E assim, em 2011 ela fez sua primeira filiação partidária e escolheu o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira) e nele se aventurou em uma primeira disputa eleitoral concorrendo a uma vaga na Câmara Municipal e admite que se superou com uma votação de 512 votos disponibilizando de apenas R$ 8 mil, quando ouvia que sem um grande valor em dinheiro não conseguiria se eleger. “Acreditei que ainda é possível fazer uma campanha limpa e honesta, contando com pessoas de bem que votam na esperança de mudanças”, explica ela, lembrando que iniciou fazendo a política comercial, quando trabalhou por 10 anos no Grupo Leolar, e dali se projetou nos contatos com pessoas e segmentos sociais; um deles foi o Projeto Gente Livre que até hoje apoia e diz acreditar.
Mas Marcilene admite que entrou em sua primeira campanha, inicialmente, por mera curiosidade procurando participar para entender e entender para participar. E agora como acontece com tantas outras pessoas se encantou e pretende continuar. Prova disto que pretende concorrer, pela segunda vez, ao cargo de vereadora. “Desta vez trago a experiência adquirida na primeira campanha e depois continuei no convívio político dentro e fora do partido. Entendi que preciso da base de um grupo e estou em contato com tanta gente que conheci ainda em minha infância e que, além de acreditar nos mesmos ideais que eu, estão dispostos a unir forças comigo para chegar ao lugar e poder ajudar nas conquistas de demandas que o município precisa”, planeja Marcilene, afirmando que seu nome está à disposição no PSDB, legenda que ela diz estar passando por mudanças tanto no Estado, sob o comando do senador Flex Ribeiro, como também no município que tem a forte influência do vereador Major da Mactra e do empresário Zé Rinaldo que continua na presidência, com os quais ela diz estar aprendendo muito.
Por: Francesco Costa