O seminário marca a abertura do projeto “Caminhos da Arqueologia na Amazônia – Carajás”, na ocasião, foi abordado temas relacionados ao patrimônio arqueológico na região tendo como objetivo despertar a comunidade de Parauapebas para a importância desse bem patrimonial e as possibilidades turísticas e econômicas decorrentes do mesmo.
Debate de temas relacionados ao patrimônio arqueológico na região.
O seminário apresenta o cotidiano das populações pré-históricas do Sudeste do Pará, a proposta do projeto é demonstrar, de maneira clara, como se deu a ocupação humana na região, tendo como base as pesquisas arqueológicas realizadas na área de Carajás nos últimos 50 anos. O evento ocorreu nos dias 8 e 9 deste mês, com inscrições gratuitas, para o público no Centro Cultural de Parauapebas.
Imagem ilustrativa remetendo a tribo que habitava a região.
Durante os dias do seminário foi apresentado a planta do projeto de construção do museu de Parauapebas e ações realizadas, a construção será próximo a prefeitura, em frente a rotatória.
Prejeto da construção do museu no município.
Arqueólogos com trabalhos importantes estavam presentes no evento, como o pesquisador Marcos Magalhães, do Museu Paraense Emílio Goeldi, descobridor de sítios arqueológicos na região que datam de mais de 9.000 anos. Cientistas ligados ao tema arqueologia também participaram do seminário, como a pesquisadora Edithe da Silva Pereira, também do MPEG, que fez a palestra “A vida em uma aldeia pré-histórica em Canaã dos Carajás”, seguido de um debate de ideias e opiniões sobre cultura no munícipio.
Debate de ideias e opiniões sobre cultura e pesquisas no munícipio.
Rogério Andrade arqueólogo do museu municipal de Parauapebas conta que, o evento além de trazer um pouco da ancestralidade dos povos que habitavam na região de Carajás, traz também a importância do conhecimento cultural para a sociedade.
Esclarecendo questões sobre pesquisas arquelogicas no municipio
“É muito importante para nossa região divulgar esse tipo de conhecimento que, infelizmente, não atinge a população em geral. A principal finalidade desse evento, é trazer esse conhecimento para a população e para a ciência, identificar e saber valorizar o patrimônio arqueológico e um pouco além da história dos antepassados das tribos”, disse Rogério Andrade.
Rogério Andrade arqueólogo do museu municipal de Parauapebas.
A pesquisadora Edithe da Silva Pereira fala sobre como se deu o projeto desenvolvido próximo a mina do sossego. “Nós encontramos uma série de artefatos, era uma antiga aldeia indígena. Localizamos áreas de lixeira e enterramentos em uma aldeia que foi ocupada por cerca de 700 anos e tinha sempre enterramentos de crianças. Eles produziam artefatos em pedra, produziam cerâmica, utilizavam pedaços de rocha para triturar sementes, sementes essas que foram encontradas em grande quantidade ao redor desse sítio, dessas peças onde eles quebravam as sementes e eram, na sua maioria, sementes de plantas utilitárias, de frutos de plantas”, contou a pesquisadora Edithe.
Pesquisadora Edithe da Silva Pereira.
O evento também apresentou à comunidade de Carajás a missão do Museu de Parauapebas Hilmar Harry Kluck, que salvaguarda a história da cidade, além de promover educação patrimonial e um calendário anual de eventos ligados ao tema do seminário.