Foram necessárias quatro rodadas de negociação para se chegar a um valor que, muitos servidores, ainda não se sentiram comtemplados. Trata-se da mesa de negociação entre governo e servidores públicos municipais da saúde e educação, respectivamente, representados pelos sindicatos Sintesp, Sintepp e Sinsepar que acordaram de aceitar o mesmo percentual de reajuste tanto salarial quanto do vale alimentação.
A primeira proposta apresentada pelas categorias ao governo era de 19,5% de reajuste salarial e R$ 495 para o vale alimentação, que já era de R$ 300. O prefeito respondeu como contra proposta apenas 6,5% de reajuste salarial e R$ 380 para o vale alimentação; números apresentados à categoria em assembleia e rejeitados.
Na segunda rodada de negociação o prefeito cedeu apenas 0,5% elevando para 7% o reajuste salarial e mantendo o vale alimentação em R$ 380, porém os servidores mantiveram a posição exigindo o proposto inicialmente. Mais uma assembleia foi convocada para apresentar os números do governo, mas a categoria rejeitou mais uma vez, propondo a flexibilidade de baixar para 13% de reajuste salarial, subindo para R$ 500 para o vale alimentação.
Foi preciso sentarem mesa de negociação pela terceira vez, quando o prefeito, pessoalmente, diante da proposta de 13% de reajuste salarial, ofereceu 9%; e respondeu o pedido de R$ 500 para o vale alimentação com apenas R$ 400. Desta vez a posição da categoria foi ainda pior, pois além de rejeitar ficaram em “estado de greve”.
Na quarta rodada de negociação, ocorrida na sexta-feira, 27, com a ausência do prefeito Valmir Mariano, a proposta estava engessada sendo mantido os 9% de reajuste salarial e apena R$ 410 para o vale alimentação, sob a alegação de que o município está em decrescente queda de arrecadação não podendo arcar com o reajuste em um futuro próximo. Mas o prefeito Valmir Mariano chegou à reunião e ofereceu, o que ele chamou de “palavra final”, 10% de reajuste salarial e R$ 400 de vale alimentação.
Assembleias – Aos sindicatos ficou a incumbência de apresentar a proposta às suas respectivas categorias para ter a aprovação destes em assembleia. O SINTEPP realizou assembleia conjunta com os demais sindicatos as 18hs de sexta-feira, 27, e depois de muita discussão foi aceita pela maioria absoluta. “Uma greve seria prejuízo para todos, alunos, pais, servidores e governo. Estes números não respondem nossas expectativas, mas já foi um passo na melhoria da condição de vida dos servidores”, disse Luciene Moitinho, coordenadora da Subsede do Sintepp em Parauapebas.
Por: Francesco Costa