O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor) emitiu nota repudiando ação de três policias militares na última sexta-feira, 19, durante reportagem de uma equipe da TV Correio, de Marabá, realizada no município de Curionópolis, sobre um hospital em obras.
De acordo com a nota a equipe de reportagem foi impedida de concluir filmagens dentro do hospital. Ainda segundo a nota do Sinjor, a ação dos policiais foi considerada arbitraria e abusiva, uma vez que fere o estado democrático e a liberdade de expressão. Veja a nota na íntegra:
NOTA DE REPÚDIO
O Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará, vem a público denunciar, e repudiar, de maneira veemente, a ação de policiais militares, que no dia 19/10 numa ação totalmente arbitrária, abusiva, impediram o trabalho de uma equipe de reportagem da TV Correio, de Marabá, que fazia reportagem sobre um hospital em obras no município de Curionópolis, no sudeste paraense
A equipe, formada pelo repórter Adriano Baracho, e o repórter cinematográfico Diego Souza, já havia feito parte do trabalho, e no momento em que gravava imagens da parte interna do prédio, foram surpreendidos pela chegada de três policiais militares, sendo um deles o sargento Viana, que aos gritos mandou que a gravação fosse interrompida, ao mesmo tempo em que partia em direção ao cinegrafista, que intimidado, baixou a câmera.
O repórter Adriano Baracho tentou registrar o ato arbitrário com o celular, mas não pode fazer isso, porque o sargento Viana ordenou aos seus comandados que tomassem o aparelho do repórter, que foi arrancado à força de suas mãos pelos soldados.
O celular ficou em poder dos militares durante o tempo em que conversavam com um funcionário da prefeitura, e que teria acionado a polícia. O aparelho só foi devolvido depois que o repórter foi pressionado para apagar as imagens da ação dos policiais, que em seguida liberaram toda a equipe.
O Sinjor, ao mesmo tempo em que repudia a ação agressiva, abusiva, e cerceadora do direito ao exercício do jornalismo, praticado pelos policiais militares, se solidariza com o repórter Adriano Baracho e com o repórter cinematográfico Diego Souza, se colocando ainda à disposição para o acompanhamento da queixa que o repórter fará à Corregedoria de Polícia, da qual esperamos enérgicas providência no sentido de apurar e responsabilizar os autores dessa ação totalmente contrária ao Estado democrático e à liberdade de expressão.
Imagem: divulgação.
Sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará – Sinjor-PA