O trabalho infantil no Pará e na Região Norte apresentou uma queda significativa, entretanto, o número de crianças e adolescentes trabalhando em todo o Norte ainda é muito grande. Os dados são de um estudo realizado pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos do Pará (Dieese/PA) e divulgado nesta sexta-feira (9).
Mesmo em queda, fatores como baixa remuneração das famílias e falta de melhores oportunidades para os pais continuam contribuindo para o que o trabalho infantil ainda apresente números expressivos, principalmente em relação a crianças e adolescentes de 5 a 17 anos.
Segundo o Dieese/PA, no Pará, de um total 168.421 crianças e adolescentes de 5 a 17 anos, cerca de 85.426 (50,7%) estavam ocupadas no trabalho agrícola, sendo 82,3% homens e 17,7% mulheres, e o restante 82.995 (49,3%) trabalhavam no setor não agrícola, correspondendo a 63,9% homens e 36,1% mulheres.
A Segunda maior concentração na Região Norte de trabalho de crianças e adolescentes entre 05 a 17 anos (em números absolutos) estava no Estado do Amazonas com o total de 60.200 pessoas ocupadas, equivalente a 19,35% do total do Norte, seguido do Estado de Rondônia, Tocantins, Acre, Roraima e Amapá.
De acordo com o Dieese/PA, no caso especifico do Pará o número de crianças e adolescentes de 05 a 17 anos ocupados em 2014 era de 223.998 pessoas e caiu para 168.421 pessoas em 2015 com recuo de 24,81%, entretanto, o trabalho infantil continua com indicadores preocupantes, “mesmo com todos os esforços efetuados por grande parte de entidades da sociedade e de algumas politicas publicas voltadas para a situação”.
O Dieese/PA destaca a implementação, ampliação e agilização de políticas públicas especificas voltadas para as crianças e adolescentes, que segundo o estudo, seriam “fundamentais para a contínua mudança deste quadro, principalmente em momentos conjunturalmente difíceis como os vivenciados atualmente”.
(DOL)