Nesta semana, tive uma experiência, que fez meu pensamento voltar há alguns anos na cidade de Parauapebas; me lembro que nossa cidade fazia as festas para o povo, a chamada FACIPA (Feira Comercial e Industrial de Parauapebas), festa comandada pela prefeitura em parceira com a ACIP e CDL. Me lembro bem, que, na maioria das vezes, o acesso era trocado por quilos de alimentos, (dois ou cinco quilos), os barraqueiros eram convidados a participar e, como ainda tinha poucos barraqueiros, naquele momento, não havia taxa a ser cobrada; isso perdurou por muitos e muitos anos. Me lembro de um show, do cantor Frank Aguiar que trouxe um público de 16 mil pessoas, era muita gente para a população ativa. Naquele momento, imaginamos como se fosse hoje em show na FAP, 150 mil pessoas. Porque eram 02 quilos de alimentos que garantiam o acesso de todos que se propunha a adentrar o evento; foram anos de ouro, para a população pobre, ver grandes shows.
Já em 2005, com a chegada do Marcelo Catalão ao governo de Darci Lermen, que, naquele momento, era o homem de confiança do governo e ainda tinha a chave do cofre, ele como é produtor rural, veio com a ideia de retirar da PMP a responsabilidade de fazer a FACIPA e criaram a FAP (Feira Agropecuária de Parauapebas), na responsabilidade do produtor rural e ACIP (Associação Comercial de Parauapebas). No início foi muito bom, 2005, 2006. Aí, com a saída do Marcelo Catalão do governo, iniciaram os desentendimentos, o primeiro deles, foi a saída do bloco da ACIP, me lembro bem, que o Jorge Vieira, na época diretor geral da TV Liberal de Parauapebas e influente empresário na cidade, a ACIP, pela força e presidência do Jorge, saíram do jogo, abrindo mão. Desde então a feira ficou apenas sob o comando da SIPRODUZ (Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas).
Nesse novo formato, onde a feira passou a ser conduzida apenas pela SIPRODUZ, deu-se iniciou a queda do império da FACIPA, porque agora, já era o sindicato, já diminuiu e muito o acesso dos cidadãos, representantes da classe menos favorecida, de salário mínimo, uma vez que, antes eram alguns quilos de alimento que garantiam a sua diversão na feira, agora, para ter acesso ao parque, é necessário em torno de 100 ou 200 reais, em uma noite! Pois, lá, e tudo é muito caro.
A PMP não se entendia com a SIPRODUZ, porque quando doava as verbas, achava que estavam beneficiando o Marcelo Catalão, que foi candidato a prefeito pelo menos umas 3 vezes e, com isso, as ruínas chegaram e o povão não pôde mais ter acesso ao parque, – ai meu Deus! Que saudade da FACIPA! Já há vários anos, toda feira deixa um rombo nos barraqueiros e quem acessa a feira, no sentido de ganhar dinheiro e melhorar a renda, a FAP de Parauapebas, hoje já é sinônimo de desgosto dos seus munícipes, a maioria dos empresários ou barraqueiros que lá investem, com certeza saem no prejuízo.
Sabendo disso, boa parte dos que são de Parauapebas, já estão meio cabreiros, por conta de prejuízos, e agora mesmo com esse novo presidente, – esse sim, acabou de matar a feira de Parauapebas. Segundo denúncias de barraqueiros e comerciantes, ele fala uma coisa de manhã e, à tarde, já é outra bem diferente. Como podemos perceber, isso não sustenta uma feira daquela magnitude.
Todos devem estar perguntando porque eu retornei ao tempo e contei essa história; é porque agora essa semana, nós, da equipe do Portal Carajás o Jornal, participamos da IV Fenecan, na cidade de Canaã dos Carajás e eu revivi o tempo da FACIPA; uma festa organizada por uma comissão da PMCC, onde se trabalhou 6 meses antes, com todas as prevenções e foi um sucesso absoluto, a festa. Nem mesmo 02 quilos de alimentos existia, foi entrada franca mesmo, shows a nível nacional e nós ficamos boquiaberto com tamanha integração da equipe da PMCC, onde o comando maior era da secretaria de desenvolvimento da cidade, na pessoa do senhor Jurandir José dos Santos, e com ele uma equipe capacitada, para resolver os problemas imediatos que aconteceram no evento. Não quero dizer que foi 100% de acerto na festa, houveram alguns percalços (energia, internet e outros), porém, todos resolvidos e a festa foi realizada com sucesso, especialmente para o povo de Canaã dos Carajás.
Em dado momento, pude ver a integração deles (secretários e diretores), trabalhando de forma integrada e harmoniosa, no sentido de fazer uma boa feira e garantir que os comerciantes colham um bom resultado; nossa área de trabalho, a Imprensa por exemplo, fomos tratados com respeito e cordialidade por todos os assessores e servidores daquela pasta, onde eu destaco aqui a batuta de Cleverson Zagad,(assessor de comunicação da PMCC), ele comandou com muita sabedoria sua equipe, para que desse o suporte necessário ao trabalho da imprensa, eu percebi em toda equipe dele, o prazer em servir com fotos, vídeos, informações, e tudo que fosse possível, para nós do Portal Carajás o jornal e outros veículos presentes, desenvolvesse um bom trabalho e, por isso, o parabenizo aqui juntamente com toda sua equipe.
Peço aqui, mais uma vez, a atenção do prefeito de Parauapebas Darci Lermen, que reveja com carinho. Realmente deve deixar ou (patrocinar) essa SIPRODUZ com a diretoria atual, com o presidente que ela tem hoje? Deixo aqui de forma lamentável minha insatisfação com o SIPRODUZ e que há uma necessidade de retornar o nosso tempo de FACIPA; tenho certeza que o povo de Parauapebas (classe menos favorecida), vai amar a ideia do retorno do governo ao comando da Feira de Agronegócios e não apenas realizando um patrocínio milionário para que, no final de todo ano, aconteça o que vem acontecendo anos a fio. Vamos lá Darci Lermen! foi no início do seu primeiro mandato que começou isso, vamos acabar com esse sofrimento do seu povo e retornar uma festa, onde o pobre possa acessar ela de verdade!
Quero agradecer ao Jurandir José, pelo acolhimento e zelo pelo trabalho que fez, com a ACIACCA (Associação Comercial, Industrial e Agropastoril de Canaã dos Carajás) e com a imprensa que divulgou com muito entusiasmo toda Fenecan, inclusive nós, do Portal Carajás o jornal.