
Redação Portal IMPRENSA
Na última quinta-feira (12/2), um grupo de grandes veículos de comunicação internacionais e organizações de defesa da liberdade de imprensa apresentaram, em Nova York, nos EUA, uma série de “normas de segurança para jornalistas freelancers em coberturas perigosas”.
Segundo a AFP, que integra o grupo, a inciativa é uma resposta aos sequestros e assassinatos ocorridos nos últimos anos. Outros signatários são BBC, Bloomberg, Reuters, Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Comitê de Proteção de Jornalistas (CPJ) e o Centro Pulitzer para cobertura informativa de crises.
Intitulado como “Convocação para práticas e princípios de segurança global”, o documento determina sete regras básicas para a imprensa, como treinamento em primeiros socorros e ambientes hostis, seguro médico para zonas de conflito, ou áreas com doenças contagiosas e a utilização de equipamentos de proteção adequados.
As normas, apresentadas na sede da Escola de Jornalismo da Universidade de Columbia, em Nova York, surgiram após uma série de diálogos iniciados em setembro do ano passado entre editores dos veículos.
“Este é apenas o primeiro passo de um movimento que, esperamos, obtenha avanços concretos para melhorar a segurança não apenas dos freelancers internacionais, como também dos repórteres locais que desempenham um papel vital, cobrindo áreas perigosas e que ficam com a pior parte da violência contra jornalistas no mundo”, explicou o diretor regional para América do Norte da AFP, David Millikin.
De acordo com a RSF, em 2014, os jornalistas foram alvos de uma crescente “barbárie” e “instrumentalização” da violência com fins propagandísticos, como as decapitações registradas pelo Estado Islâmico (EI) na Síria e o crescimento dos sequestros. Foram registrados 199 casos contra 87 em 2013.