Projeto visa beneficiar moradores e fomentar a economia da região com o curso de capacitação que visa transformar a vida da comunidade
Quem vem a primeira vez ao “Garimpo das Pedras” tem sob os pés as preciosas pedras que ficam logo na entrada da vila; como Ametistas, Topázios, safiras e quartzos… O lugar foi descoberto a pouco mais de 35 anos por garimpeiros da região e fica numa região montanhosa da Floresta Nacional de Carajás, a 60 quilômetros do centro de Parauapebas, e a 10 km da Vila Paulo Fonteles.
Na entrada da vila é possível ver os primeiros sinais dos rejeitos que apontam para algumas contradições, pois nesse lugar vivem pessoas simples e pacatas que aguardavam por um olhar mais atento do poder público.
Em busca de proporcionar o desenvolvimento econômico e sustentável a Prefeitura de Parauapebas lançou o “Projeto Gemas” administrado pela Secretaria de Desenvolvimento (Seden). A proposta é melhorar a economia daquela população, por meio de um curso de produção de joias, aonde os próprios moradores passam a ter incentivo a qualificação profissional. De acordo com a prefeitura, já foram certificados 08 alunos no programa, que a princípio ainda é um projeto-piloto.
“ O treinamento pode mudar a minha vida e eu posso até pensar em uma profissão futura, disse a aluna Alciandra Lima, com o certificado de conclusão nas mãos.
O local é agraciado pela quantidade expressiva de rejeitos considerados comuns para os moradores, mas para o turista, à primeira vista é de encantar os olhos. O professor que ministra o curso diz que extração da pedra sai em grande quantidade e ao passar por um processo de lapidação as partes nobres são selecionadas, por isso o valor do produto passa a ser multiplicado.
“ Eu creio que depois desse curso vai ser formado uma nova história do “Garimpo das Pedras’, onde as pessoas vão ter seus serviços valorizados, conseguindo comercializar suas pedras por um preço bem melhor”, disse Max Zucoloto.
Além dos recursos minerais extraídos do garimpo, o local possui um potencial turístico enorme, mas ainda desconhecido de outras regiões, como a piscina natural de águas termais, que pode ficar em torno de 35º. De acordo com estudiosos, o fenômeno é provocado em decorrência das pedras aquecidas embaixo do solo. Impossível é passar pelo local e não dá um mergulho na piscina de cor esverdeada, o que é ideal para um final de semana neste momento de pandemia, o lugar é calmo e sem aglomerações.
Por: Neryan da Hora
Foto: Prefeitura de Parauapebas